Fluir
(Carlos Pedala)
Fluo entre vias leves, vou e
vejo
o voo das gaivotas, plainam
paradas
sobre nós, entre sóis e
nuvens.
Paro os pedais e o movimento
vai
em paralelo aos verdes-azuis
das
marés dos mares. A jatos
metais
reluzem aos olhos dos mortais.
Bem lá dentro do céu deixam o
rastro.
É o resto daquilo que fica
para trás.
Na estátua de estanho,
estranhos
fotografam em máquinas digitais.
Odes ao poeta jamais lido,
jamais.
As correntes carregam e rodam
as
rodas da bicicleta. O vento a
favor
nos leva em velocidade
constante.
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