De bicicleta
(Carlos Pedala)
Andar de bicicleta, nada é
mais simples
Nada de contar as letras ou
silabas
Encontrado o equilíbrio, é
seguir em frente
Ver os dias passando,
perseguindo nuvens
A via é livre e o verso,
branco
Respirar fundo a maresia de
oxigênio
Perceber as cores do mundo
(azul e verde)
No Rio de Janeiro, é o exercício
perfeito
Transcorrer solto com o vento
no peito
Deslizando pela Enseada de
Botafogo
Tendo o Pão-de-Açucar como
paisagem
É a brincadeira pra qualquer
idade
Tal qual tirar fotos com Carlos
Drummond de Andrade
Ter coragem para conceber um
poema
No meio da ciclovia de Ipanema.
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