sábado, 3 de novembro de 2012

NAS RUAS DO RIO


Nas ruas do Rio
(Carlos Pedala)

Tenho sede de infinito (sou metafísico)
O vento bloqueia os passarinhos
E as bicicletas na ciclovia de Ipanema
As nuvens são de chumbo e cinzas
Sobre o Hotel Marina

As areias caem nas engrenagens
Do sistema,
não podemos ter problemas
galinhas sem pena da linguagem
param no sinal

já os carros, derrubam tudo o que não é de fato
ultrapassam senhas, crânios, sonhos
Nisso, sinto ternura pelos cabelos dela,
mas só no cinema
já que na rua há fossas e cheiros de bostas. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário