domingo, 23 de dezembro de 2012

CORTE SUPREMA


Corte Suprema
(Carlos Pedal)

O poeta fala de coisas
mais totalmente nuvens
mesmo quando quer tocar as pedras
da rua onde pisas
vagueia a errar verbos
e mirar alvos inflexíveis e móveis
é o tal hábito de habitar miragens
mesmo que no palato
entre a língua e os dentes
flexione letras e areias
morador do ventre das baleias
navegador errante
compositor do hinos de sereias
advogado das teses absurdas
que semeia
em cortes supremas


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