domingo, 2 de dezembro de 2012

INTERVALO


Intervalo
(Carlos Pedala)

Na madrugada, os barulhos disparam
pela janela, são máquinas insones
Deslizando no asfalto. Intensas
Não dormem, impedindo que eu adormeça

Leio sonhos de outros sonhos
E escrevo versos em que disfarço
Esconder a poesia que não encontro

O tempo é quente
Mas sei do seu não existir
Enquanto um ente

Já os carros não param
É um aparente desespero
Na dúvida, moro e agradeço
Esse breve silêncio
Onde adormeço 

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