Intervalo
(Carlos Pedala)
Na madrugada, os barulhos
disparam
pela janela, são máquinas
insones
Deslizando no asfalto. Intensas
Não dormem, impedindo que eu adormeça
Leio sonhos de outros sonhos
E escrevo versos em que
disfarço
Esconder a poesia que não
encontro
O tempo é quente
Mas sei do seu não existir
Enquanto um ente
Já os carros não param
É um aparente desespero
Na dúvida, moro e agradeço
Esse breve silêncio
Onde adormeço
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