sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

CLAREAR


Clarear
(Carlos Pedala)

O vento bate nas cortinas
Enquanto os pássaros despertam a cantar
Os pneus cortam o asfalto
Que a chuva não cessa de molhar

Medito que talvez Deus possa existir
Mesmo que você não acredite
E urubus por toda a parte pousem em sua sorte
Não serei eu aqui que vou mentir

É evidente que a substância da qual somos feitos
Não é algo assim tão claro
Como a pedras que estão no meu caminho
Embora pise nelas de mansinho

E a tal substância da qual fazemos parte
Talvez não seja tão fácil de encontrar
Ante até universo tão gigante
De sois e planetas abundantes

E mesmo dentro da eternidade
De um tempo sem beiradas de estrada
Do sempre retornar, seja o verdadeiro
milagre ver simplesmente o dia clarear 

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