quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

LÁGRIMAS NA JANELA


Lágrimas na janela
(Carlos Pedala)

Entre os carros e os automóveis
Algo em mim se move
granitos de silêncio
são os versos a eclodir, a bater forte
como o vento na janela
como as ondas nas costas do Rio de Janeiro
ou apenas nas rochas da Avenida Niemeyer

É o efeito da chuva
que se derrama lenta
sobre a Cidade
sobre o concreto armado do Cristo Redentor

É o efeito das lágrimas no vidro da mesma janela
tal qual na música,
aquela
que escutávamos
sem dar por mim
enquanto éramos eternidade
e fim.







Nenhum comentário:

Postar um comentário