sábado, 11 de maio de 2013

RUGAS


Rugas
(Carlos Pedala)

Enquanto leio poemas
formigas e poesias passam
e passeiam
escuto buzinas dos carros (sempre)
e vozes perdidas a chamar alguém
não reconheço quem,
mas nem sei...
Seria a poesia apenas um jogo de palavras
a nos surpreender

Como o assalto ali embaixo,
na esquina
esperado, insuspeito e fato
e de novo o som da buzina
seria apenas isso
e só isso?
Um estranhamento de rugas
no rosto
como se de repente
envelhecer fosse conosco 

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