Sobre o Rio
(Carlos Pedala)
Abro a janela e espero entrar
Um poema inteiro
Mas nada, apenas o vento passageiro
a balançar as folhas dos
coqueiros
Logo após ouço gritos
E a arrancada de pneus de
carros
Mais um assalto
Nas barbas do meu andar
Fico pensando, junto com meu
pensar:
(Pensar também é vento
passageiro)
Viver é uma atividade
perigosa
E eu, integro cinzeiro
Imagino o luar na noite se esparramando
Pelos becos, vielas, favelas
Todo, totalmente, faceiro
sobre o Rio de Janeiro...
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