sexta-feira, 5 de julho de 2013

ENCHENTE

Enchente
(Carlos Pedala) Para Genicy adormecida

O corpo ao meu é presença
Ela dorme ao meu lado
O sono dela arremete
É um dormir assim de eterno

Onde o desejo versa
O sonho nele desperta
Aquilo que não se confessa
Há mim essa dor e essa sede

O desejo sonolento contra ela
Ele não se dispersa
Nem como bombas de fumaça
Nem com pedras na vidraça

A boca toca em seus lábios
Prestes a acordar o grito
Vulcão dentro do mito
Água a transbordar  no leito...

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