domingo, 6 de outubro de 2013

DE GUARDA

De guarda
(Carlos Pedala)

Nem digo da estranheza das coisas
Da estranheza do tempo
Guardo apenas o silêncio
Enquanto velo alguém a dormir
Sei que não se faz poesia assim
E já conheci a escuridão
E me deparei diante do fim

Ficarei aqui de guarda
Ficarei à porta dos teus sonhos
Travarei batalhas no escuro

Nem peço que creias em nada
Não, não creias em Deus
Não, não creias em nada
Não, não creias em mim
Mas ficarei aqui

Nem direi nada da estranheza das coisas
Da estranheza do tempo
Apenas ficarei aqui
De guarda...


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