De
guarda
(Carlos
Pedala)
Nem
digo da estranheza das coisas
Da
estranheza do tempo
Guardo
apenas o silêncio
Enquanto
velo alguém a dormir
Sei
que não se faz poesia assim
E
já conheci a escuridão
E
me deparei diante do fim
Ficarei
aqui de guarda
Ficarei
à porta dos teus sonhos
Travarei
batalhas no escuro
Nem
peço que creias em nada
Não,
não creias em Deus
Não,
não creias em nada
Não,
não creias em mim
Mas
ficarei aqui
Nem
direi nada da estranheza das coisas
Da
estranheza do tempo
Apenas
ficarei aqui
De
guarda...
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