Amesterdã
(Carlos Pedala)
O correio é fluxo constante,
desaguando feito rio de e-mails.
Muitos e muitos são mensagens
descartáveis, inúteis. Não
leio.
Outros são de fato intrigantes.
Contam dos silêncios produzidos
pela ausência de automóveis
em
cidade tão distante:
Amesterdã
E a azáfama de adesão a lutas
vans.
Do tempo e do vento persistentes,
nos sonhos da urbe cidadã.
Ao pedalar a bicicleta nos subúrbios
do Rio, ouço o mesmo som da
falta
dos motores explosivos.
Escuto a voz
dos calados, declamo poemas mudos.
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