Outra manhã
(Carlos Pedala)
Do meio do planeta
o poeta pede que se escreva
sobre fugaz momento.
Talvez, a queima do filamento
da lâmpada acesa no banheiro
ou o instante exato antes do sono.
O pensamento se insinua,
feito inseto dentro de casa.
Não se mostra por inteiro
Sabe-se estar ali
como antigamente as palavras
habitavam a ponta da caneta
ou
as entranhas do tinteiro.
O corvo bate à porta? Não, é
o dia
adentrando. Andarei de
bicicleta.
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