quarta-feira, 10 de outubro de 2012

INSIGNIFICANTES


Insignificantes
(Carlos Pedala)

Implausível pouso da poesia
Outrora em folhas brancas
Hoje, em tela de bytes digitais
Da janela, vejo o voo das gaivotas
Sobre o Morro da Viúva, no Flamengo
Ou melhor, um flutuar leve feito Lua
Contraste com céu celeste
Por um segundo paro e admiro o azul
Sem nuvens, sem rimas...
Algumas das janelas se abrem e olham
Escuta-se silêncio dessas alturas
Enquanto nas ruas os automóveis movem
As ruas e seus pneumáticos em atrito com
O asfalto esfarelam as insignificantes
Coisas que nos deparam: como as bicicletas. 

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