Insignificantes
(Carlos Pedala)
Implausível pouso da poesia
Outrora em folhas brancas
Hoje, em tela de bytes
digitais
Da janela, vejo o voo das
gaivotas
Sobre o Morro da Viúva, no
Flamengo
Ou melhor, um flutuar leve
feito Lua
Contraste com céu celeste
Por um segundo paro e admiro o
azul
Sem nuvens, sem rimas...
Algumas das janelas se abrem
e olham
Escuta-se silêncio dessas
alturas
Enquanto nas ruas os
automóveis movem
As ruas e seus pneumáticos em
atrito com
O asfalto esfarelam as
insignificantes
Coisas que nos deparam: como as bicicletas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário