segunda-feira, 5 de novembro de 2012

BRILHO


Brilho
(Carlos Pedala)

Gaivotas cruzam pensamentos
Nos cimentos do Rio de Janeiro
Suspensos como móbile de bicicletas
Nadamos feitos de superfície e plumas
planos de água doce de veneno
Brilhos sintéticos e espelhos nos curam
De nós mesmos
E de balas que atravessaram caminhos
Aprisionando celacantos e anjos
Expomos fotos de meninos mortos,
Sorrindo,
Lutamos pelo sucesso e pelo fracasso
Do que seremos
A miséria do que demonstramos
é o melhor que somos.

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