sábado, 31 de janeiro de 2015

é como se houvesse
de repente em mim
um nada
e nos meus parágrafos
um mar de ressaca
ou uma seca como essa
que a gente atravessa
e tudo fosse assim
esse silêncio
eterno
nem mesmo a dúvida de Descartes
interrompesse essa indiferença
é como se houvesse
de repente em mim
um nada
e nos meus parágrafos
um mar de ressaca
ou uma seca como essa
que a gente atravessa
e tudo fosse assim
esse silêncio
eterno... 

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

sem título
(Pedro Sena)

hora de levantar
estenda-me a mão
leve-me a um lugar qualquer
não me ensine o caminho
apenas me guie
e me deixe onde eu não possa retornar
só poderei seguir em frente
desbravarei o futuro
acumularei lembranças
um dia te contarei estórias
e mais uma vez ouviremos o tempo passar