quinta-feira, 16 de abril de 2015

no metrô
(Carlos Pedala)

dentro do metrô
os vagões, os trens
entre os intervalos
e vãos das estações
entre os intervalos
e vãos dos universos
eu e as multidões
compassos justos
metrificados versos
e aquela voz profética
e sem emoção
a dizer dia após dia  
antes dos intervalos das estações:
as portas estão se fechando...

sábado, 11 de abril de 2015

estação general osório
(Carlos Pedala)

agora cedo
antes de me vir o amanhã
ou o sol ou algum poema
como se houvessem na praça general osório
em ipanema
como se ousasse chegar ao céus
após os intervalos das estações do metrô
entre os vãos
e a escuridão
das estações do metrô
como naquela poeta portuguesa
que estranha essa cidade
onde se vai dar no mar de metrô
e assim tudo se justificasse
feito o céu de ipanema
após os vãos e a escuridão

das estações do metrô...