domingo, 12 de agosto de 2012

FENOMENOLOGIA DE BICICLETAS




Fenomenologia de bicicletas
(Carlos Pedala)

Escrever é tarefa fácil, posto sem esforço.
Tal qual andar de bicicleta.
Talvez mesmo sem remédio.
As palavras imanam
feito formigas brotando de dentro da
terra. Seguem em fila.

Já bater o martelo cansa,
catar feijão,
esculpir diamantes. Temáticas livres,
Versos soltos: sem rimas e sem métricas.

Arrumar paradoxos. Escolher quebras de sentido.
É o poema pronto para ser lido.
Quem sabe algo se esclareça?
Tudo é possível na interseção imagética do sujeito
e do objeto.  É ali onde há palavra nua. 

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