Pedras Portuguesas
(Carlos Pedala)
Andar de bicicleta é tão
simples,
é tão fácil, é só ficar no
equilíbrio.
Já em existir há um quê de
esquisito,
só existo se sei que existo.
Se inexisto,
jamais saberei desse fato,
jamais tomarei conhecimento
disto.
Ao passar, reparo o
calceteiro a colocar
pedras portuguesas, uma a
uma, lado a lado.
Para elas inexistir nada
significa
nem para mim, tal fato.
As rodas rodam em cima delas (das
pedras)
e retornam à ciclovia, em frente
ao Hotel Fasano.
Antes, me abaixo para não tocar as folhas dos
coqueiros que espetam os distraídos.
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