domingo, 26 de agosto de 2012

PELE DE VIDRO




Pele de vidro
(Carlos Pedala e Totonho)

O amigo me diz ter pele de vidro
Entre um gole e outro, tenta matar a sede.
Matar a sede de vida.
Fala sobre livros e dedicatórias.
São as letras que mais o encantam.

Ele é tão divertido!
Que todas as coisas ao redor são
graça.
Talvez, até nossa dor.

Uma hora diz que faz rimas de amor,
outras, que sua alma é encharcada de cachaça.
E tudo é cheio de riso, cheio de troça, cheio de bossa.

Agora, sua pele é de vidro.
Quem sabe seja por isso o medo de andar
de bicicleta? O medo de se partir inteiro em pedaços. 

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