Pele de vidro
(Carlos Pedala e Totonho)
O amigo me diz ter pele de
vidro
Entre um gole e outro, tenta
matar a sede.
Matar a sede de vida.
Fala sobre livros e
dedicatórias.
São as letras que mais o
encantam.
Ele é tão divertido!
Que todas as coisas ao redor
são
graça.
Talvez, até nossa dor.
Uma hora diz que faz rimas de
amor,
outras, que sua alma é
encharcada de cachaça.
E tudo é cheio de riso, cheio
de troça, cheio de bossa.
Agora, sua pele é de vidro.
Quem sabe seja por isso o
medo de andar
de bicicleta? O medo de se partir
inteiro em pedaços.
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