Rotinas
(Carlos Pedala)
O barulho vem de fora e
deduzo
as horas. Logo é dia, logo, momento
de despertar. Retomar a
rotina do dia a dia,
enfrentar a pequena dor no
braço, um mal
jeito. É hora de aprontar as
bicicletas.
Primeiro, preciso de
alimentos,
leio alguns poemas antigos.
É um compêndio ou algo
parecido.
São “Cem poemas essências,”
segundo
Carlos Figueiredo. Embora,
veja
tantas ausências. Sei (Gullar
me ensinou)
que a palavra não tem cheiro.
Ora, mas tudo tem dois lados.
A grande,
a maior vantagem é que nenhum
poema fede.
Assim, antes de pedalar, vou
ao banheiro.
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