Atravessando a Avenida
(Carlos Pedala)
O papel em branco já não
existe.
No canto da tela, um pouco
mais à direita,
perscruto no movimento dos
olhos
a poesia a espreita.
Em mim vive o espanto,
adormecido no dia a dia, no
encanto, na realidade.
Transito de bicicleta no
asfalto,
no Centro da grande cidade.
Sinto o ser estruturado.
O ser dentro do concreto
armado.
Os sonhos diagnosticados.
Não obstante os conceitos
em placas dependurados;
Não obstante os raciocínios
elaborados;
Quem atravessa a Avenida na
faixa é a dor dentro do peito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário