sexta-feira, 28 de setembro de 2012

ATRAVESSANDO A AVENIDA




Atravessando a Avenida
(Carlos Pedala)

O papel em branco já não existe.
No canto da tela, um pouco mais à direita,
perscruto no movimento dos olhos
a poesia a espreita.

Em mim vive o espanto,
adormecido no dia a dia, no encanto, na realidade.
Transito de bicicleta no asfalto,
no Centro da grande cidade.

Sinto o ser estruturado.
O ser dentro do concreto armado.
Os sonhos diagnosticados.

Não obstante os conceitos
em placas dependurados;
Não obstante os raciocínios elaborados;
Quem atravessa a Avenida na faixa é a dor dentro do peito. 

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