sábado, 1 de setembro de 2012

LUA AZUL




Lua Azul
(Carlos Pedala) Para Sylvia Ripper

Duas luas cheias é coisa rara.
Nas eternas madrugadas ouço
a velocidade dos motores combustíveis.
Percorrendo distâncias que
de certa forma não são minhas.

Mas duas luas cheias é coisa rara.
Nas horas em que acordo, o luar
esparrama-se na mesa da cozinha.
Lá em cima está ela, parada, nua, sobre
a cobertura da vizinha. Eu olho. Ela espia.

Mas duas luas cheias é coisa rara.
Se em outros planetas, não seria.
Porém, da Terra é que se fala, é rara.
Se estivéssemos em Plutão,
em outras ciclovias, o silêncio se faria. 

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