Lua Azul
(Carlos Pedala) Para Sylvia Ripper
Duas luas cheias é coisa rara.
Nas eternas madrugadas ouço
a velocidade dos motores
combustíveis.
Percorrendo distâncias que
de certa forma não são minhas.
Mas duas luas cheias é coisa
rara.
Nas horas em que acordo, o
luar
esparrama-se na mesa da
cozinha.
Lá em cima está ela, parada,
nua, sobre
a cobertura da vizinha. Eu
olho. Ela espia.
Mas duas luas cheias é coisa
rara.
Se em outros planetas, não
seria.
Porém, da Terra é que se fala,
é rara.
Se estivéssemos em Plutão,
em outras ciclovias, o silêncio
se faria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário