O sagrado
(Carlos Pedala)
O canto da morte nas letras
De Cruz e Sousa, a presente
agonia
Quisera andar de bicicletas
em infinitas,
Delirantes e suaves ciclovias
Quisera ler a completa poesia
da vida
Do poeta. Palavra justa, palavra
certa
Do criador de voluptuosos
hinos
De soluçar incessante e
sonetos finos
Do desespero a flor dos olhos
De inebriantes vinhos e
visões dos infernos
Da sublimação dos sentidos
Da graça, da forma, da
formosura
Da manutenção da compostura
Mesmo com a revelação de tudo
o que é sagrado
Sendo esse, talvez, o mor desespero.
Nenhum comentário:
Postar um comentário