segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O SAGRADO




O sagrado
(Carlos Pedala)

O canto da morte nas letras
De Cruz e Sousa, a presente agonia
Quisera andar de bicicletas em infinitas,
Delirantes e suaves ciclovias

Quisera ler a completa poesia da vida
Do poeta. Palavra justa, palavra certa
Do criador de voluptuosos hinos
De soluçar incessante e sonetos finos

Do desespero a flor dos olhos
De inebriantes vinhos e visões dos infernos
Da sublimação dos sentidos
Da graça, da forma, da formosura

Da manutenção da compostura
Mesmo com a revelação de tudo o que é sagrado
Sendo esse, talvez, o mor desespero. 

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