Perfumes
(Carlos Pedala) A Casimiro
de Abreu
O céu da primavera se abre
sobre a cidade
Nos aeroportos, os aviões
partem e pousam
E os automóveis trafegam no
trânsito
E pessoas em transe circulam
Entre os cheiros da gasolina
e perfume de flores
No meio dos seres, o
Corcovado.
Sendo nos morros as vielas e
os ipês amarelos
Nas telas dos computadores
Os desejos de consumo
Entre beijos de amores e
perfume de flores
Nas ciclovias as crianças
andam de bicicletas
Dos prédios, as janelas olham
e não se animam
Os corredores correm aos
domingos no Aterro
Os fiéis saem da missa às
pressas
Entre pedidos, promessas e
perfume de flores.
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