Ecos
(Carlos Pedala)
Diante da máquina de poesia
transcrevo a vida em letras
A tela é branca, é limpa
As letras, pretas
No toque, a tecla solta
A letra preta
E a letra na tela branca se amontoa
Em linhas retas, à-toa
O gesto do toque na tecla
Viaja em bytes cibernéticos
Tocando outro em frente à
máquina
em outra tela
E na esperança vã
A letra voa e ressoa
Num possível eco
em outra pessoa
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