quinta-feira, 29 de novembro de 2012

ECOS


Ecos
(Carlos Pedala)

Diante da máquina de poesia
transcrevo a vida em letras
A tela é branca, é limpa
As letras, pretas

No toque, a tecla solta
A letra preta
E a letra na tela branca se amontoa
Em linhas retas, à-toa

O gesto do toque na tecla
Viaja em bytes cibernéticos  
Tocando outro em frente à máquina
em outra tela

E na esperança vã
A letra voa e ressoa
Num possível eco
em outra pessoa

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