Crédito
(Carlos Pedala)
No sinal de trânsito
Espero abrir e atravesso a
rua
Mas só após os carros pararem
Não olho ninguém nos olhos
Tenho medo do que possa ver
Nem digo nada profundo sobre
ser
Sobre a beleza das flores
Desejo de amores
Simplesmente porque não sei dizer
Mas reparo nas nuvens
No supermercado me perco
Admirado dos produtos
industrializados
Da capitalização da água pura
engarrafada
Dos belos livros de capa dura
Da produção pornografia em remédio
E das eternas juras do cartão
de crédito
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