Nebuloso
(Carlos Pedala) Para Violeta
Parra
Eu não entendo nada, nada,
nada
Desse grande mundo
E suas indefectíveis nuvens
Bem como daquele que se regozija
com o pranto
Nem de qual matéria se faz o
canto
Eu não entendo nada, nada,
nada
Do segundo que morre e nasce
a todo instante
Da dor que brota da
necessidade
Do passar do tempo
Do avançar da idade
Eu não entendo nada, nada,
nada
Da morte presente na vida
Da chegada, da partida
Das estrelas que já não
existem mais
Brilhando no firmamento
Eu não entendo nada, nada,
nada
Mas isso não é um lamento
É, na verdade, afirmação do
espanto
Ilusão em que me encontro
Buscar ponto de partida, sem
nunca chegar a tanto
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