domingo, 17 de fevereiro de 2013

A DERIVA


A deriva
(Carlos Pedala)

Perdido em palavras
Não nas letras
Mas em seus sentidos
Hesito como um hábito
Onde habito

Lavo o rosto
Escovo os dentes
E limpo o palato
Onde a língua toca a boca
Respirando o cheiro de teu hálito

Meço o que digo
Espreitando a cumprida tarde de domingo
O sol incide perpendicular sobre o sofá
Revelando segredos inventados e medidos
Em intermináveis silêncios

O calor deixa pacatas e mudas
Até as moscas
A deriva, sentimos o passar do tempo
Porém, devido à preguiça
Não nos importamos com isso... 

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