Sem o menor sentido
(Carlos Pedala)
Lanço palavras no espaço
Concreto
Meço o que foi dito
Contanto as sílabas do que
está escrito
Cultivo o fonema mastigando a
maça
Ajusto a rima
Pra te capturar como a um imã
O calor já não é tão forte
nessa manhã
Faço um minuto de silêncio
Em vão espero
Ouço os motores combustíveis
E o porteiro a varrer a
calçada
Sirenes, buzinas
E o alarme disparado do carro
Constato que perdi mais vinte
minutos
Do meu tempo, da minha vida
Nesse poema sem o menor
sentido...
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