quarta-feira, 13 de março de 2013

SEM O MENOR SENTIDO


Sem o menor sentido
(Carlos Pedala)

Lanço palavras no espaço
Concreto
Meço o que foi dito
Contanto as sílabas do que está escrito

Cultivo o fonema mastigando a maça
Ajusto a rima
Pra te capturar como a um imã

O calor já não é tão forte nessa manhã

Faço um minuto de silêncio
Em vão espero
Ouço os motores combustíveis
E o porteiro a varrer a calçada

Sirenes, buzinas
E o alarme disparado do carro

Constato que perdi mais vinte minutos
Do meu tempo, da minha vida
Nesse poema sem o menor sentido... 

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