sexta-feira, 31 de maio de 2013

DILUIR EM NADA

Diluir em nada
(Carlos Pedala)

O mosquitinho tentando tocar seu violino
E eu a esmagá-lo sem piedade
Enquanto lá fora, os carros e potentes buzinas
E essas sirenes
E essas cigarras
Partindo o silêncio, sem respeito
Fechando as janelas do quarto
Reparo os armários mais escuros
E mesmo os barulhos
Têm outro sentido
Na penumbra, o barulho é metafísico
Porque envolto em camada de mistério
Sinônimo de escuro
Olhando o teto, penso em alguém a
Se diluir em nada... 

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