Gás
lacrimogêneo
(Carlos
Pedala)
As
coisas são do jeito que têm que ser
Embora
andasse em multidão
Íamos
atrás do imponderável
Pela
infinita Avenida
Tão
impreciso, e por isso tão cheio de vida
O
helicóptero posto nos céus, único propósito:
jamais
esquecermos a realidade
No
totalitarismo o impedimento de fato
É
sonhar
A
realidade mesmo construída é a realidade
Não
importa o quanto tudo isso nos enjoe
Embrulhe-nos
o estômago
Acabar
com a alegria
Colocar
nas ruas a face do rancor
Retirando
os cães de cima das favelas
E
os redirecionando para nós
Frequentadores
dos Arcos da Lapa
Habitantes
de arco-íris
Choramos,
não são só lágrimas
de
gás lacrimogêneo...
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