domingo, 25 de agosto de 2013

E SORRIR

E sorrir
(Carlos Pedala) A Mario Quintana

Quando se vê já passaram cinquenta anos
Na manhã de domingo
O silêncio é quebrado pela buzina dos carros
As palmeiras da Rua Paissandu dançam
Num balanço suave ao sabor do vento
O jogo de luzes: claro e escuro
Brincam sossegados
Nem há motivos para aflições ou receitas mágicas
De algum remédio
Alguma fórmula poética
Alguma cura
Da inexorável passagem do tempo
Esse elemento cheio de segredos
Eterna criança
A zombar de tudo o que façamos
A nos pregar peças
Talvez o melhor seja achar graça
E sorrir... 

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