quinta-feira, 8 de agosto de 2013

SÓ DA GENTE

Só da gente
(Carlos Pedala)

Há caminhos impossíveis
Jamais deveriam ser seguidos
Passamos em silêncio por lugares
Extensa, comprida avenida
Olhamos para os dois lados
Não há conhecidos nas calçadas
Quase os mesmos prédios continuam lá
Teria de fato existido o passado?
É tão veloz e vigente o tempo
Vai nascendo uma dor, é inútil
Sabemos ter perdido
Impossível qualquer reparação
Sabemos da inutilidade dela
Não obstante insistente
E esse incomodo silêncio
Silêncio denso, angustioso
Só nosso, só de nós dois, só da gente... 

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