Só
da gente
(Carlos
Pedala)
Há
caminhos impossíveis
Jamais
deveriam ser seguidos
Passamos
em silêncio por lugares
Extensa,
comprida avenida
Olhamos
para os dois lados
Não
há conhecidos nas calçadas
Quase
os mesmos prédios continuam lá
Teria
de fato existido o passado?
É
tão veloz e vigente o tempo
Vai
nascendo uma dor, é inútil
Sabemos
ter perdido
Impossível
qualquer reparação
Sabemos
da inutilidade dela
Não
obstante insistente
E
esse incomodo silêncio
Silêncio
denso, angustioso
Só
nosso, só de nós dois, só da gente...
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