(Carlos
Pedala) A Fernando Pessoa
Tenho
em mim todos os sonhos do mundo
E
sei, por experiência, serem poucos
Jamais,
contudo, devemos confundir
As
coisas e os nomes das coisas
Sonhador
não quer dizer ingênuo
Quando
vou à janela
Já
carrego comigo o absurdo
O
completo absurdo das coisas
E
a futilidade do mundo
Encontrando
nos sonhos o sentido
Para
o absurdo da realidade
O
apagar das luzes
As
estrelas
Imagens
do que um dia foram
Viajando
pelo infinito universo
E
são por essas luzes
Extintas
há bilhões de anos
Que
se orientam os navegantes
Mercadores
de ilusão
Pelas
quais sempre nos debatemos...
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