sábado, 21 de junho de 2014

de Paris
(Carlos Pedala)

no intervalo do jogo
começo de ir embora
antes do tropeço em lugar comum
como qualquer lugar comum por perto
o mar trás e aplaude o cais
quando nele chega
a verdade do que sobrou 
enquanto a tarde cai
e o silêncio existente 
num muro que já nem existe mais
tão comum 
como aquilo que o mar aplaude quando dá no cais  
e aquele poema estranho
parece que fui eu quem fiz
bem que poderia ser uma rua de Paris
bem como poderia ser um poeta inglês
mas fui eu quem fiz
num lugar comum
tão aqui por perto
tão comum como se diz... 

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