quinta-feira, 5 de junho de 2014

pra lá de algum lugar
(Carlos Pedala) Para Matilde Campilho

sou o sufoco
de manhã
saiu nas ruas
cavalgando cavalos marinhos
o mar passou por aqui
preenchendo elos 
os sons dos martelos
nos apartamentos vizinhos
medem a pressão das artérias
aéreas janelas
no meio 
encontro-me
só e sozinho
no meu amanhã
sou outro  
no passaporte
há um visto
de ternura
pra lá de algum lugar...


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