quarta-feira, 19 de setembro de 2012

RUA DO OUVIDOR




Rua do Ouvidor
(Carlos Pedala) Para o camelô Cesar que vende flores

O poema não tem propósito.
Logo, os poetas são tão inúteis como as flores.
Talvez é a palavra na qual embasam
Teses. As incertezas são
Asas onde seus pássaros pousam.

Andar de bike, por outro lado, é divertido.
Almejar atingir o sublime, fugir do mundo.
Buscando na superfície o profundo,
Buscando a beleza no céu dos arranha-céus.

Andar de bicicleta em dias lindos
É melhor proveito.
Seguir em linha reta na Rua do Ouvidor.
Sim, em invisíveis linhas.
Talvez, em impossíveis pedais
Atravessar ilusões reais. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário