Visitas
(Carlos Pedala) Para Pedro Sena
A chuva intensa da madruga
Me fez acordar em Santiago
Sonhei sobrevoando neve
Neve nas Cordilheiras dos
Andes
É nuvem congelada no sonho
É pouso forçado em devaneio
Feito o Cristo concreto que vejo
Sim, vejo-o da janela do meio
Iluminado e de braços abertos
E o medo do filho no Rio de
Janeiro
Dos espíritos que vieram visitá-lo
Enquanto estávamos ausentes
Conta-nos da presença de
entes
No quarto, batucando na mesa
E dos amigos que ficaram na
varanda
Esperando a manhã de
indescritível beleza
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